O DESOLADOR CENÁRIO DA JUSTIÇA DO TRABALHO

Realidade das reformas patronais tornaram Encíclica Papal contra greves e sindicatos obsoleta

por ÁLVARO KLEIN

Em agosto de 2016 já estava tudo pronto, acabado. Eu, AdEvogado de Trabalhadores e Sindicatos, estava na FGV-RJ sentindo a falta dos Trabalhadores, dos Sindicatos Obreiros, dos Colegas da AdEvocacia, ao longe ouvia, como que num “déjà-vu”, o som dos Garotos da Rua, banda de rock gaúcha dos anos 80.

Na Justiça do Trabalho o cenário é desolador. O CPT, os valores, os números, as estatísticas e a institucionalidade substituíram a CLT, os nomes, as dores, a compaixão e a solidariedade.

O TST pode ser extinto e anexado ao STJ, com a competência da matéria residual trabalhista e previdenciária. Os Tribunais Regionais Federais poderão absorver os Regionais Trabalhistas para jurisdicionarem as últimas demandas dos Direitos analógicos menores, humano e social.

À Justiça Comum os crimes comuns da esfera civil e penal, como homicídios e descumprimentos contratuais diversos, consumados e tentados. Finalizando com a destinação dos depósitos recursais e judiciais trabalhistas para os cofres e gestão pelos governos estaduais.

Aquela de 2016 foi a última festa organizada pelo TST na FGV-RIO. A festa deste ano supõe-se seja diferente, organizada pelo Síndico ou Administrador Judicial da Justiça do Trabalho, como um memorial/retrospectiva em uma lúgubre sala de alguma academia de história do pensamento anti-humano.

A comemoração será relativa aos 80 anos do nascimento da Justiça do Trabalho e 75 anos do nascimento do Tribunal Superior do Trabalho, ambos em processo de “passagem” desde 2016, quando a Democracia e os Direitos Sociais do Brasil foram feridos de morte.

O Brasil foi o país que por último aboliu a escravidão, e o que por primeiro a abolirá os direitos humanos da pessoa trabalhadora.

Quem sobreviver, verá!

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