A história do Sindicato dos Vigilantes do Rio de Janeiro tem início com a fundação da Associação Brasileira dos Vigilantes – ABRAVIG em 1979, por Fernando Bandeira, então instrutor dos guardas de segurança. Incomodado com a exploração da categoria, Bandeira criou a Associação para acabar com a exploração a que eram submetidos os trabalhadores da segurança privada, destituídos de direitos trabalhistas, demitidos por justa causa e até agredidos se reivindicassem quaisquer benefícios.

Com a redemocratização, ocorreram as eleições de 1982 e Bandeira foi eleito Deputado Estadual pelo PDT, com apoio maciço da categoria. Como parlamentar elaborou vários projetos de lei em benefício dos vigilantes. É de sua autoria a Lei 853/85, inserida na Constituição Estadual, que assegura ao vigilante a gratuidade nos transportes coletivos, desde que uniformizado e sindicalizado. Também por sua iniciativa foi instituído o “Dia do Vigilante”, comemorado significativamente no dia 13 de maio.

Em 1986 a ABRAVIG foi reconhecida como Sindicato Estadual e com registro no Ministério do Trabalho em 13/05/1988. Os vigilantes tiveram sua identidade profissional reconhecida, piso salarial, assessoria jurídica entre outros benefícios, funcionando em sede alugada na Rua Costa Ferreira, Centro. Novos sindicatos da categoria foram fundados não só no Município do Rio, como também no interior fluminense, como o de Campos, Niterói, Volta Redonda, Angra dos Reis, Macaé, Petrópolis e Friburgo. Esses sindicatos viabilizaram a criação da Federação Estadual dos Vigilantes em 1989. Posteriormente foi criada a Confederação Nacional dos Vigilantes em setembro de 1992.

Também em setembro de 1989 a categoria organizada no município e no Estado, fez greve histórica no Rio, com a mobilização de 45.000 homens, conquistando em conseqüência, o maior salário da categoria no país, fora de sua data base. Em junho de 1990 foi realizada passeata-denúncia contra o arrocho salarial imposto à categoria pelo plano Collor.

Em 1993, o Sindicato do Rio, presidido por Fernando Bandeira foi sede do 1º Seminário da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes. Houve debate sobre a Lei 7.102/83, que regulamenta as atividades de segurança no país e sobre a implantação do contrato coletivo de trabalho, entre outros assuntos. O evento contou com a participação do Deputado Federal Chico Vigilante (PT/DF), de José Boaventura, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilância, entre outras personalidades.

O Sindicato dos Vigilantes do Rio representou também de início a Guarda Municipal, criada por Emenda Constitucional de autoria de Bandeira. Para a GM foram conseguidos: o retorno da escala 12X36 e o pagamento do piso correto através da incorporação das gratificações. O Sindicato continua na luta pela mudança do regime jurídico de celetista para estatutário e a redefinição das funções da GM que é a de servir ao cidadão e zelar pelo patrimônio público.

Desde 2014 o SindVigRio é presidido por Antônio Carlos Oliveira, jovem advogado combativo e leal que conduz o Sindicato com muita competência procurando de forma contínua fazer novos associados, o que se tornou necessário desde que a reforma trabalhista foi aprovada em 2017, retirando dos sindicatos a contribuição sindical obrigatória.

O Sindicato deixou a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilância, passando a integrar a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Vigilância Privada – CONTRASP. A entidade nasceu através da união de sete Federações que representam os Sindicatos dos Vigilantes filiados a ela em todo território nacional, tendo como proposta discutir democraticamente todos os problemas que atingem a categoria. É pautada pela democracia, princípios éticos e de respeito aos sindicatos de base, federações e trabalhadores da segurança privada.

Com sede em Brasília, foi fundada por Fernando Bandeira e outros companheiros em 6 de janeiro de 2014, sendo Bandeira seu Secretario Geral e de Organização.

Há interesse permanente do Sindicato em relação ao nível de informação e qualificação de seus associados. Para tanto, são realizados seminários, fóruns, encontros, palestras, além de cursos de reciclagem.

O Sindicato tem sede, na rua André Cavalcanti, nº 126, Bairro de Fátima, Centro.

SEGURANÇA PRIVADA NO BRASIL

No final dos anos 60, em plena ditadura militar, os movimentos de esquerda, envolvendo políticos e sindicalistas cassados, estudantes e outros setores mais radicais que pregavam a luta armada como forma de derrubar o governo passaram a praticar assaltos a bancos, visando financiar com os recursos arrecadados, as ações políticas daqueles movimentos.

Em 1969 com a doença e morte do general Costa e Silva os três ministros militares dirigem o país. Em Novembro deste ano entrou em vigor o Decreto n. 1034, assinado pelos ministros militares, estabelecendo que o seguro dos assaltos só será pago se a instituição financeira possuir segurança própria ou contratada.

Como os bancos não queriam contratar diretamente os profissionais para fazer a segurança, porque seriam bancários, com bons salários, carga horária diária de seis horas e outros benefícios, preferiram contratar esses serviços através das empresas que estavam surgindo para aquela finalidade. Essas empresas tinham em suas direções militares da reserva, delegados de polícia aposentados e outros pequenos  empresários ligados aos dirigentes da ditadura.

As normas para funcionamento das empresas ficaram a cargo de cada Estado da Federação. No Rio (antigo Estado da Guanabara), coube à Secretaria de Segurança Pública essa tarefa. As empresas contratavam os vigilantes, chamados de guardas de vigilância, davam o treinamento em suas sedes e depois encaminhavam para a Academia de Polícia Civil – ACADEPOL, para fazer a prova. No mesmo dia entregavam a ATA – formulário padrão onde constava o nome do candidato, identidade e espaços em branco para que os examinadores da Academia colocassem as notas. O exame psicotécnico era feito no mesmo dia, antes das provas de noções de direito, primeiros socorros, prevenção e combate a incêndio, defesa pessoal, tiro, organização policial, métodos e processos de vigilância. Havia ainda o exame de capacidade física que incluía uma corrida com saco nas costas. Aquela ata só servia para a empresa que deu o treinamento e encaminhou para a prova. Se mudasse de empresa o vigilante era obrigado a fazer tudo de novo.

Antes da fusão do Estado da Guanabara com o antigo Estado do Rio de Janeiro a situação das empresas e dos vigilantes não era bem definida nas normas. Somente com a criação do Estado do Rio de Janeiro em 1975, é que essa atividade ficou mais organizada. A fiscalização das empresas cabia à DSOS, subordinada à Polícia Civil do Estado.

Em 1983 foi aprovada a Lei Federal n. 7.102, regulando as atividades da segurança privada em todo País. Surgiram então os cursos como empresas e todas as normas para o funcionamento das empresas e atividades dos profissionais.

SEGURANÇA PRIVADA NO BRASIL

No final dos anos 60, em plena ditadura militar, os movimentos de esquerda, envolvendo políticos e sindicalistas cassados, estudantes e outros setores mais radicais que pregavam a luta armada como forma de derrubar o governo, passaram a praticar assaltos a bancos, visando financiar com os recursos arrecadados, as ações políticas daqueles movimentos.

Com a doença do general Costa e Silva, que ficou afastado da presidência e depois veio a falecer, os três ministros militares, passaram a dirigir o nosso país, em 1969. Em Novembro deste ano, assinado pelos ministros militares, entra em vigor o Decreto n. 1034, estabelecendo que o seguro dos assaltos serão pagos se a instituição financeira possuir segurança própria ou contratada.

Como os bancos não queriam contratar diretamente os profissionais para fazer a segurança, porque seriam bancários, com bons salários, carga horária diária de seis horas e outros benefícios, preferiram contratar esses serviços através das empresas que estavam surgindo para aquela finalidade. Essas empresas, tinham em suas direções militares da reserva, delegados de polícia aposentados e outros pequenos  empresários, todos muito ligados aos dirigentes da ditadura.

As normas para funcionamento das empresas ficaram a cargo de cada Estado da Federação. No Rio (antigo Estado da Guanabara), coube à  Secretaria de Segurança Pública essa tarefa. As empresas contratavam os vigilantes, que eram chamados de guardas de vigilância, davam o treinamento em suas sedes, e depois encaminhavam para a Academia de Polícia Civil para fazer a prova e no mesmo dia recebia a ATA – que era um formulário padrão que constava o nome do candidato, sua identidade e os espaços em branco para que os examinadores da Academia colocassem as notas, encaminhado pelas empresas. O exame psicotécnico era feito no mesmo dia, antes das provas de noções de direito, primeiros socorros, prevenção e combate a incêndio, defesa pessoal, tiro, organização policial e processo de vigilância. Havia ainda o exame de capacidade física que incluia uma corrida com saco nas costas. Aquela ata só servia para a empresa que deu o treinamento e encaminhou para a prova. Se mudasse de empresa era obrigado a fazer tudo de novo.

Antes da fusão dos Estados da Guanabara com o antigo Estado do Rio de Janeiro, em 1975, a situação das empresas e dos vigilantes, não era bem definida nas normas. Somente com a criação do novo Estado do Rio de Janeiro aí que ficou melhor organizada essa atividade. A fiscalização das empresas cabia ao  DSOS, subordinada à  Polícia Civil do Estado.

Com o crescimento do setor em todo Brasil, e com normas variadas nos Estados, em 1983, foi aprovada a Lei Federal n. 7.102, regulando as atividades da segurança privada em todo País. Surgia aí os cursos como empresas, as matérias com carga horária e todas as normas para o funcionamento das empresas e as atividades dos profissionais.