Organizações Sociais, estão de volta nas unidades de saúde do município do Rio de Janeiro.
Quem não lembra dos atrasos de salários dos Vigilantes, enfermeiros, médicos e outros profissionais que trabalhavam por OS’s e vários outros problemas, e pior ainda, os vários casos de corrupção que deram margem a prisões e vários outros problemas criminais que ainda hoje tramitam na justiça.
Dentre os casos mais graves, está o Hospital Municipal Souza Aguiar, que tem uma das maiores emergências da América Latina, e a partir de agora será administrada pela OS SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, e esta por sua vez, substituiu os Vigilantes, profissionais devidamente regulamentados pela Lei 7.102/83 e pela Portaria do DPF nº 3.233/2012, por porteiros e controladores de acesso, em uma prática totalmente irregular e que pode ser o anúncio para muitas tragédias, uma vez que esses trabalhadores não estão aptos e autorizados a exercerem a segurança nos locais onde atuam, colocando em risco a vida e segurança de pacientes, profissionais de saúde e demais frequentadores.
Em outras unidades há outras OS’s atuando, o que nos preocupa, uma vez que em passado recente a atuação dessas organizações gerou caos no atendimento de saúde do município e muitos problemas para os trabalhadores terceirizados, que além da maior precarização, padeceram com atrasos constantes de salários por vários meses, assim como a inadimplência de vários direitos trabalhistas, fundiários e previdenciários.
As demais unidades onde verificamos irregularidades semelhantes são: CMS Hamilton Land; Posto de Saúde Dr. Pedro Nava; CMS Garfield de Almeida, CMS CMS Padre Miguel; Policlínica Newton Bethlem (PAM|); Clínica da Família Engenheiro Sanitarista Paulo D’aguila; CAP 3.2; Hospital Municipal Carmela Dutra.
Ainda que haja problemas na gestão direta da Secretária Municipal de Saúde e da Empresa Pública RIOSAÚDE, estamos convicto que ainda é mais saudável à gestão do erário público e para os direitos dos trabalhadores envolvidos a administração pública gerindo, do que esta fórmula temerária de administração por organizações sociais.